A cozinha portuguesa tem um património riquíssimo da doçaria conventual. Além de serem doces muito ricos em gemas e açúcar, são todos eles muito vistosos e apelativos, sendo, por isso mesmo, presença frequente à mesa em dias festivos e celebrações especiais.
Este pudim, com a particularidade de ser feito à base de batata, é um dos doces conventuais com que nos podemos deliciar em qualquer altura do ano, sendo particularmente apreciado no Natal.
Coza as batatas com a casca. Descasque-as depois de cozidas, reduza-as a puré e reserve.
Leve o açúcar ao lume, coberto de água, e deixe ferver até ficar obter uma calda em ponto de espadana (a calda cai da colher com o aspeto de lâmina de uma espada).
Junte o polme de batata à calda de açúcar e mantenha no lume, mexendo sempre, até ficar em ponto de estrada (ao passar uma colher na calda, forma-se uma abertura que deixa ver o fundo do tacho).
Acrescente a raspa de limão e a gelatina, previamente desfeita na água morna.
Deixe o preparado arrefecer um pouco.
Bata as claras em castelo e reserve.
Integre as gemas, previamente batidas, no puré até obter um creme espesso e esbranquiçado.
Junte, delicadamente, as claras em castelo, o pau de canela e, por fim, os corintos.
Deite a mistura numa forma untada com manteiga e leve a cozer em forno moderado.
O pudim deverá ser desenformado no dia seguinte ao da confeção para evitar que se desmanche. Se tiver de o desenformar no próprio dia, mergulhe o fundo da forma em água quente, vire-a sobre o prato de servir e bata levemente para o pudim se manter estruturado.
Com as claras que sobraram da preparação do pudim beneditino, faça um Bolo de Claras (receita AQUI).
São Benedito, cujo nome significa «abençoado», é o santo protetor dos cozinheiros, dos restaurantes e das donas de casa. Foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. A sua festa litúrgica é celebrada a 5 de outubro.Nasceu perto de Messina, na ilha da Sicília, Itália, no ano de 1526. Era descendente de escravos oriundos da Etiópia e aos 18 anos de idade, empolgado com a fé cristã, consagrou-se a Deus.Aos 21 ingressou na ordem dos franciscanos. Foi para o convento em Santa Maria de Jesus, tendo sido foi designado cozinheiro, uma função comum nos conventos, porém, de grande responsabilidade.Em 1578, apesar de ser analfabeto, Benedito foi escolhido para ser guardião (título dado ao superior) do mosteiro. Administrou o convento com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação rigorosa das regras franciscanas.Terminado o tempo de serviço como superior, retomou as lides de cozinheiro, ficando felicíssimo por voltar a ter a vida recatada e de recolhimento que objeto de todos os seus desejos.Foi proclamado Santo em 1807, tendo sido o primeiro negro canonizado na Igreja.
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