Estes pastéis, que também dão pelo nome de Pastéis de Sta. Clara do Convento de Coimbra, são dos doces conventuais portugueses mais conhecidos, estando o seu nome relacionado com o convento onde tiveram origem.
As claras dos ovos eram usadas para engomar tecidos e as freiras criavam receitas para aproveitar as gemas, como é o caso destes pastéis. As dificuldades económicas por que passaram as ordens religiosas, em meados do século XIX, levou a que as freiras vendessem os doces a estudantes da Universidade de Coimbra, tendo-se popularizado por toda a região, em pouco tempo e assumindo diferentes formatos: meias-luas, estrelas, corações, entre outros.
Leve ao lume o açúcar com a água até fazer ponto de cabelo (ao mergulhar a colher na calda, correm dela fios finos e estaladiços).
Retire do lume e junte a amêndoa moída, acrescentando depois as gemas, previamente desfeitas.
Leve novamente ao lume até fazer estrada (ao passar a colher, vê-se o fundo do tacho).
Para a massa, comece por peneirar a farinha para uma tigela, trabalhando-a, à mão, com a manteiga (vá mergulhando a mão em água fria). Amasse bem até a massa fique elástica, própria para se poder tender.
Estenda a massa de forma a que fique muito fina e deite sobre ela montinhos de recheio. Dobre a meio e corte os pastéis em meia-lua.
Disponha-os num tabuleiro untado, pincele com ovo batido e polvilhe com açúcar. Leve a cozer, em forno médio.
O convento de Santa Clara-a-Velha foi fundado no final do XIII, tendo recebido a proteção da Rainha Santa Isabel, que aí passou parte da sua vida - assim como D. Inês de Castro. O edifício viria a ser abandonado em 1677, na sequência das cheias ocorridas no rio Mondego, tendo as religiosas passado para o convento de Santa Clara-a-Nova, em cuja igreja se encontra o túmulo da Rainha Santa Isabel.
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