A doçaria conventual portuguesa deixou-nos riquíssimas sobremesas, em que é usada uma quantidade generosa de ovos, açúcar e, em muitas receitas, também a amêndoa. Os ovos-moles são desses doces que fazem as nossas delícias e que trazem em si os sabores típicos de um bom doce conventual.
Esta receita de Estremoz caracteriza-se pela diferença de texturas dos ovos-moles - uma delas cremosa e suave, como estamos habituados, e uma outra que é escurecida, apresentando uma consistência seca. Mais uma deliciosa receita do Alentejo que vale a pena saborear...
Leve o açúcar ao lume com a água até atingir o ponto de pérola (quando correr um fio de calda espesso, ficando uma gota suspensa no limite).
Retire a calda do calor, deixe arrefecer e junte as gemas batidas.
Leve de novo ao lume, mexendo sempre, até fazer estrada (ao passar a colher, vê-se o fundo da panela).
Deite metade do doce numa travessa ou em taças individuais. Reserve.
Leve os restantes ovos-moles de novo ao lume, mexendo sempre, para escurecerem e granularem. Retire os ovos-moles secos e coloque-os, nas taças, em volta dos que tinha reservado.
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