A gastronomia de Alcochete é complementada com a doçaria regional, da qual se destacam as fogaças e o arroz-doce branco, cuja história e receita aqui se apresentam. O nome da receita deve-se ao facto de não levar ovos, o que torna o arroz-doce naturalmente mais branco.
Integrado nas festividades de Alcochete como prato especial, o arroz-doce era outrora uma presença habitual em todas as comemorações importantes - baptizados, festas de aniversário, Natal, Páscoa... mas principalmente nos casamentos. Uma semana antes da celebração do casamento, o arroz-doce era entregue aos convidados e, quanto maior fosse a travessa, maior era o seu grau de importância.
A sua importância nas tradições de Alcochete é tal que acabou por deixar marcas na gíria alcochetana, onde é comum dizer-se que uma pessoa frequentemente vista em diversos locais "é como o arroz-doce".
Lave o arroz em duas mudas de água (para não lhe tirar a goma) e escorra.
Num tacho, misture o leite, a água, a casca do limão, o pau de canela, a manteiga e o sal.
Leve ao lume e, quando ferver, deite o arroz, mexendo com cuidado para que o arroz não se pegue. Abrande o lume para que o líquido evapore sem entornar.
Junte o açúcar só depois de o arroz estar cozido e continue a mexer, fazendo com que a colher chegue a toda a superfície. O arroz-doce estará pronto quando a colher ficar "em pé" - note que deve ficar bem seco para se poder partir em retângulos ou quadrados, como manda a tradição alcochetana.
Deite em pires, pratos ou travessas e deixe arrefecer.
Enfeite o arroz-doce com a canela em pó, utilizando as pontas dos dedos para fazer desenhos decorativos.
Se ainda não visitou esta bonita vila do distrito de Setúbal, que é sede da Reserva Natural do Estuário do Tejo, com belíssimas vistas sobre Lisboa, assista a este pequeno vídeo. Depois de o ver, ficará, decerto, com vontade de ir lá - e verá que vale a pena!
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