Este doce, também designado Abóbora Coberta, tem como base a confeição da abóbora (coação lenta, a uma temperatura relativamente baixa), e advém de uma antiga tradição, baseada na economia doméstica de subsistência e aproveitamento dos recursos naturais.
A abóbora coberta é feita a partir de abóbora-porqueira, também chamada de carneira ou calondro, apresentando-se sob a forma de paus com cerca de 3 cm de largura por 2 cm de espessura e com comprimento entre 15 a 20 cm. O seu peso varia entre 200 e 300 gramas, sendo que os paus têm uma cor verde-clara, transparente.
É consumida a qualquer altura, sempre que apetece uma guloseima. Para além disso, é usada na confeção de uma grande parte dos bolos que levam nos seus ingredientes frutos secos e confeitados.
Ingredientes:
- 1 abóbora-porqueira
- açúcar e água q.b. p/ a calda
Confeção:
Parta a abóbora, corte-a às fatias e limpe de todos os veios e sementes.
Ponha a abóbora numa salmoura (solução de água saturada de sal) durante vários dias, mudando-a duas vezes ao dia. A operação de mexer a abóbora tem de ser feita com colher de pau para não oxidar. Retire a abóbora da salmoura à medida que for necessário fazê-lo, lave-a, coza-a e, em seguida, mergulhe-a em calda de açúcar a ferver.
Repita esta operação durante 15 dias, ao fim dos quais deve escorrer a calda, e deixar secar.
NOTA:
A abóbora-porqueira é uma variedade muito comum na produção doméstica das zonas rurais, onde é amplamente usada como alimento para os animais. No entanto, também tem diversas utilizações na culinária, tendo as receitas sido criadas com base no princípio do aproveitamento dos recursos naturais existentes.
Ao contrário das abóboras mais conhecidas, nomeadamente a abóbora-menina, de polpa cor de laranja, a abóbora-porqueira contém uma quantidade muito reduzida de betacaroteno, o que faz com que tenha uma coloração muito mais pálida. Curiosamente, a casca, que pode ser consumida se não for muito dura, contém mais betacaroteno do que a polpa.
Nem sempre é fácil encontrar este tipo de abóbora à venda nos supermercados, sendo geralmente usadas abóboras caseiras (de produção própria, oferecidas ou compradas) para fazer os doces.
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