Estes doces, típicos da região norte de Portugal, também são conhecidos como Morcelas de Arouca, Morcelas Doces, Morcelas de Amêndoa ou Morcelas de Santa Mafalda. A receita, tal como as morcelas de carne, é feita em forma de enchido, sendo o recheio feito com um doce à base de miolo de pão e amêndoa.
A doçaria de Arouca teve origem no Convento de Santa Mafalda de Arouca, onde as freiras Bernardas vendiam ou ofertavam os doces confeccionados na sua cozinha. A arte desta doçaria conventual veio a ganhar dimensão a nível regional e nacional. As Morcelas de Arouca, assim como outros doces conventuais, estão ligadas a festas e romarias locais, assim como festas litúrgicas.
Estas morcelas conservam-se durante muito tempo, em sitio seco.
Ingredientes:
- 1 colher (café) de canela
- 125 g de manteiga
- 125 g de miolo de pão
- 200 g de amêndoa moída
- 200 ml de água
- 500 g de açúcar
Confeção:
Leve o açúcar e água ao lume e deixe apurar até fazer uma calda em ponto de cabelo (160º C – pondo um pouco de calda entre o polegar e indicador, ao afastarem-se os dedos, forma-se um fio resistente).
Misture a calda com o miolo de amêndoa e a canela em pó, levando o preparado novamente ao lume.
Retire do calor e junte a manteiga e o pão, previamente ralado.
Mex muito bem, de modo a obter um preparado homogéneo, tape e deixe repousar cerca de quatro horas.
Encha, com esta mistura, as tripas de porco, sendo que, cada morcela, deve ter cerca de quatro centímetros de diâmetro e aproximadamente dez centímetros comprimento. Ate as pontas com uma guita.
Depois de bem atadas, passe as morcelas por água a ferver, retirando-as imediatamente.
Deixe-as secar fora do fumeiro.
As morcelas de Arouca comem-se, quentes ou frias, depois de fritas em manteiga ou banha de porco.
Nota:
Em vez da canela, também é comum empregar-se cravinho.