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Barquilhos de Laranja (Setúbal)

Apesar de pouco divulgado, este doce de laranja, também designado Doce de laranja de Setúbal ou Barquilhos de Setúbal, é um dos símbolos gastronómicos daquela cidade. Apresentado em pequenos barcos de baunilha (ou de hóstia), é  uma doce reminiscência dos tempos em que os laranjais ocupavam uma parte importante da península setubalense.

A laranja de Setúbal caracteriza-se pela sua polpa sumarenta, doce e aromática, apresentando uma cor viva. Embora nos dias de hoje esteja quase extinta, a produção de citrinos já foi ali tão importante que ainda hoje as laranjas sem caroço são designadas «laranja da baía» – uma alusão à baía de Setúbal. Há já várias décadas que a produção destes frutos migrou para o Algarve.

A receita deste doce de laranja terá surgido no Palácio Cabedo, sendo que a família que lhe deu o nome veio a instalar-se em Setúbal no século XV. Não se sabe ao certo a que época reporta o doce, embora os laranjais de Setúbal datem do século XVI.

Nos anos 30 intensificou-se o fabrico em série nas pastelarias locais. O doce era vendido em laranjas, que, esvaziadas da sua polpa, eram recheadas com o doce. Mais tarde foi apresentado numa embalagem de vidro, sendo a atual apresentação, em barcos, mais recente.

Ingredientes:

  • 1 kg de laranjas
  • açúcar
  • água
  • formas de barco (hóstia ou baunilha)

Confeção:

Retire a casca a das laranjas, corte em fatias e coloque num alguidar com água.

Deixe repousar durante umas horas, escorra e coloque numa panela grande, cobrindo as cascas de laranja com água.

Depois de cozidas, escorra de novo e deixe as cascas em água fria, onde ficam durante nove dias, mudando-se a água diariamente.

No décimo dia, escorra e pese as cascas.

Com o mesmo peso de açúcar pilé e a metade do peso de água, prepare uma calda que vai ao lume até levantar fervura.

Deite os pedaços de casca de laranja na calda e mexa até obter o ponto de pasta (quando a calda adere à colher sem correr).

Deite o doce nas formas, que poderá encontrar à venda já feitas ou moldar a partir de folhas de hóstia (veja AQUI como fazer).

Foto: Folclore de Portugal

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